quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Frente parlamentar analisa escolha de padrão para o rádio digital no Brasil

Audiência Pública


Reunião da #Frentecom

Frente parlamentar promoveu debate na Câmara para discutir a tecnologia que poderá ser utilizada no País.

O novo sistema de rádio digital deve ser escolhido no Brasil em breve. A Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação com Participação Popular debateu nesta terça-feira (4) o impacto dessa nova tecnologia para as rádios brasileiras.

Existem dois modelos credenciados para a escolha no Brasil: o Rádio Digital Mundial, que atende pela sigla DRM, um padrão de rádio digital aberto desenvolvido por um consórcio global; e o HD Radio, usado nos Estados Unidos e no México, um sistema fechado.

Os dois padrões estão sendo testados por rádios públicas, comunitárias e comerciais. Os resultados dos testes serão discutidos no conselho consultivo do Ministério das Comunicações, que ainda vai ser empossado, e que vai apontar o mais adequado para o Brasil.

No sistema americano, o HD Radio, também conhecido como Iboc, a transmissão do rádio digital é feita no mesmo canal de frequência AM ou FM, o que seria mais amigável ao hábito do usuário de rádio convencional. O alto custo da tecnologia aos pequenos radiodifusores, no entanto, é motivo de críticas.

Custos
O representante do DRM na audiência, Marcelo Goedert, afirmou que a vantagem do padrão mundial é se adequar à realidade econômica das emissoras brasileiras. "O DRM, através de seu consórcio, oferece a tecnologia para transmitir em rádio digital. O formato que vai ser usado – se vai ter transmissores de alto custo, de alta ou de baixa potência, se o receptor de rádio vai ter uma telinha ou vai ter uma telona ou se vai custar 50 dólares ou 500 dólares – isso é o mercado brasileiro que vai definir."

A coordenadora da frente, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), disse que ainda não tem preferência por um dos padrões. Ela afirmou que vai acompanhar o debate no conselho consultivo do Ministério das Comunicações e que pretende colocar esse assunto em discussão no Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional. "Vamos propor ao conselho que paute essa discussão. O conselho terá que dar a sua opinião a respeito [do padrão digital] quando essa decisão estiver sendo tomada."

Não existe um prazo para a escolha do padrão de rádio digital no Brasil. Qualquer que seja a escolha, quando for implantado, o ouvinte terá que comprar um receptor para o rádio digital. O representante das rádios comunitárias na audiência pública, José Sóter, quer incluir no debate a possibilidade de a indústria brasileira desenvolver um terceiro padrão.


Foto: Alexandra Martins
Reportagem – Luiz Cláudio Canuto/Rádio Câmara
Edição – Pierre Triboli

04/09/2012

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