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Muna Zeyn, George Barbosa, Grace kelly Oliveira, Rogério Geanini, Ana do Carmo, Luiz Fernando, Roseli Caldas e Keiko Ota |
Foi realizada nesta quinta-feira, 18/4, reunião pública contra o
veto do governador ao PL 442/07, de autoria de Ana do Carmo (PT), que
dispõe sobre a implantação nos quadros funcionais das escolas estaduais
de um psicólogo e de um assistente social, visando atender educandos e
educadores.
Ana do Carmo, após agradecer ao público presente, lamentou o veto de
Geraldo Alckmin a seu projeto, aprovado por unanimidade na Assembleia.
Afirmou que a educação está atrasada, abandonada e sem condições de
receber os jovens. "Colocar psicólogos e assistentes sociais é o mínimo
que o governador pode fazer pela Educação, diante da necessidade atual",
disse a parlamentar após reforçar o desejo de juntar forças para a
mudança.
Palavra de profissional
Rogério Giannini, presidente do Sindicato de Psicólogos de São
Paulo, chamou atenção para políticos que, em seus discursos, afirmam que
a educação é prioridade, mas que em suas ações a ignoram. Lembrou os
anos de repressão política, quando teve início o debate sobre o
funcionamento e o papel da escola, cujas ações ficaram na teoria.
Assistente social da Prefeitura de Guarulhos e membro da base do
Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo, Greyce Neves falou dos
déficits e dos problemas que ocorrem com a falta dos profissionais do
serviço social e da psicologia no âmbito educacional. Entre os
principais problemas que a integrante da mesa observou nos jovens em seu
trabalho como AS de crianças e adolescentes vítimas de violência, disse
que os alunos que praticam algum tipo de violência reproduzem os atos
como uma realidade que lhes é exposta.
Luiz Fernando Saraiva, conselheiro do Conselho Regional de
Psicologia de São Paulo, contou que os municípios vêm contratando
profissionais das áreas pautadas, pois entendem a necessidade real que
existe. Contra-argumentou todas as justificativas para o veto. "O
governador parece não entender a atribuição da psicologia na educação.
Somos parceiros dos professores. Temos que congregar forças", finalizou o
psicólogo.
Muna Zeyn, chefe de gabinete e representante da deputada federal
Luiza Erundina (PSB), contou que a ex-prefeita de São Paulo apoia a
causa e reforçou a importância da luta para que o projeto torne-se lei.
"São vários os sinais de conflitos e violências que um aluno dá ao
educador. Nada melhor que esses detalhes sejam atendidos por uma equipe
interdisciplinar."
Visando justificar a atuação dos psicólogos e assistentes sociais na
rede de escolas estaduais, George Barbosa, pedagogo, psicólogo,
pesquisador e membro da Sociedade Brasileira de Resiliência, leu carta
trocada oficialmente com Geraldo Alckimin. Entre as justificativas
usadas, o professor afirmou que os objetivos da propositura colaboram na
consolidação da adesão escolar, abordagem de temas da superação, o
ensino de habilidades para a vida e a gestão de conflitos, entre outros.
Roseli Caldas, membro e tesoureira da Associação Brasileira de
Psicologia Escolar e Educacional, dissertou sobre os alcances do projeto
e ressaltou as doenças psicológicas que estão surgindo nas salas de
aula.
Keiko Ota, deputada federal por São Paulo, demonstrou aprovação ao
PL e destacou casos polêmicos que aconteceram recentemente na sociedade e
que podem ser justificados pela falta de apoio psicológico que existe
nas escolas de todo Brasil.
Ao final da reunião, foi aberto ao público questionar e debater os
caminhos educacionais. Estiveram presentes no público representantes de
políticos estaduais, professores, pedagogos, psicólogos, assistentes
sociais e militantes de causas psicopedagógicas. | |
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