Luiza Erundina rejeita a hipótese, ventilada pelos socialistas, de disputar o principal posto do Palácio dos Bandeirantes.
Deputada federal e ex-prefeita de São Paulo, Luiza Erundina é a principal estrela do PSB de Eduardo Campos no estado, que é comandado há 16 anos pelo PSDB.
Apesar de prometer trabalhar com garra por ele em 2014, ela rejeita a hipótese, ventilada pelos socialistas, de disputar o Palácio dos Bandeirantes para garantir um bom palanque paulista no tabuleiro nacional.
"Eu não entraria em uma aventura apenas para dar palanque. Não me vejo como solução adequada", disse a deputada ontem à coluna.
Erundina reconhece, entretanto, que o grande gargalo de Campos é se viabilizar na Região Sudeste. "O PSB é forte no Norte, Nordeste e um pouco no Sul, mas não está estruturado e não nem uma militância expressiva em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro".
Apesar de ter deixado o PT em circunstâncias litigiosas em 1998, Erundina nunca se afastou totalmente da legenda.
No ano passado, ela chegou a ser anunciada como candidata a vice-prefeita na chapa de Fernando Haddad, mas voltou atrás quando soube que teria que subir no mesmo palanque do arquirrival, Paulo Maluf.
Integrante da direção nacional executiva do PSB, ela revela um fato curioso. Apesar de toda a espuma em torno da candidatura de Campos, o assunto nunca foi mencionado em nenhuma reunião do comando da sigla. "A candidatura de Campos ainda não é um projeto partidário".
Questionada sobre as resistências internas ao projeto de poder do governador, ela reconhece. "Há quem não se entusiasme". Estaria falando dos irmãos Cid e Ciro Gomes? "Eles nunca foram alinhados com o PSB, que sempre ficou em segundo plano".
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