terça-feira, 9 de julho de 2013

No Senado, Luiza Erundina destaca atualidade da encíclica de João XXIII


 
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado dedicou-se, na manhã desta segunda-feira (8), à discussão da encíclica Pacem in Terris ("Paz na Terra"), publicada em 1963 pelo papa João XXIII. No texto, o pontífice pediu a paz de todos os povos na base da verdade, justiça, caridade e liberdade. Convidada para participar do debate, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) fez parte da segunda mesa da reunião e preferiu fazer um discurso improvisado ao ler um texto que havia preparado.

“Vejo como essa encíclica, e a oportunidade que ela se coloca depois de 50 anos de sua publicação, reflete nossa atualidade com as mesmas crises, impasses e o mesmo desrespeito aos direitos humanos. Estamos devendo em diversos termos sobre os propósitos e as orientações da carta de João XXIII”, disse Erundina. A socialista ainda destacou em seu discurso outros pontos como a reforma política e tributária, lei geral das comunicações, democratização dos espaços rural e urbano, mobilidade urbana, as manifestações nas ruas, transporte público gratuito e, por fim, o direito à verdade e à justiça sobre os crimes praticados na ditadura.
O secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, destacou que a Pacem in Terris ainda tratava do direito à educação, cultura, liberdade e ao trabalho. E que o ser humano devia ser colocado em primeiro lugar nas decisões governamentais. “Estamos aqui preocupados com as questões da humanidade, da sociedade, das diversas igrejas e religiões. E todas elas preocupadas em primeiro lugar com os seres humanos. É um texto que remete para os pobres”, disse dom Leonardo.

A carta encíclica é um documento do papa dirigido aos bispos de todo o mundo e, por meio deles, a todos os fiéis. A encíclica Pacem in Terris foi publicada no dia 11 de Abril de 1963, dois anos depois da construção do Muro de Berlim e alguns meses depois da Crise dos Mísseis em Cuba. Naquele momento, o papa João XXIII conclamou os povos a resolverem seus conflitos com negociações e não com armas. O Papa João XXIII morreu menos de dois meses após a publicação da encíclica.
 
Com informações e foto da Agência Senado

Nenhum comentário:

Postar um comentário