Anita Freire - Viúva de Paulo Freire | Foto: Agência Câmara |
A Câmara homenageou ontem, em sessão solene, o educador e filósofo Paulo Freire, que completaria 90 anos no próximo dia 19 de setembro. Pernambucano de Recife, Freire é conhecido pelo método revolucionário de alfabetização que desenvolveu com o objetivo de combater a falta de oportunidades para os grupos sociais mais pobres.
Além dos mais de 43 títulos de doutor honoris causa, Freire recebeu inúmeros outros prêmios em razão de sua luta para ampliar o acesso às escolas e ao conhecimento. Entre eles estão o Prêmio Unesco da Educação para a Paz (1986) e o Prêmio Andres Bello, da Organização dos Estados Americanos, como Educador do Continente (1992).
Em maio deste ano, a Câmara aprovou o Projeto de Lei 5418/05, da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que concede o título de patrono da educação brasileira a Freire, que morreu em 1997. A proposta será analisada pelo Senado.
Transformação - Para o deputado Fernando Ferro (PT-PE), que propôs a solenidade, Freire acreditou na educação como um fator de transformação do mundo e de crescimento coletivo. “Ele retirou homens e mulheres que não tinham nenhuma esperança de participar ativamente da dinâmica cívica, por total falta de informação, e os levou a uma situação de protagonismo social”, afirmou.
O deputado lembrou ainda o livro “Pedagogia do Oprimido”, de 1968, no qual Freire aborda o método de alfabetização que o diferenciou dos intelectuais da época por voltar-se ao diálogo com pessoas simples não apenas como forma de instrução, mas sobretudo como um meio de levá-las a exercer a democracia em sua plenitude.
“Quando atualmente vemos os indígenas tendo acesso ao ensino superior, ou os negros ocupando vagas por cotas, ou ainda as populações do interior deste País tendo acesso às universidades federais, é importante olhar para trás e enxergar que a semente foi plantada por este ilustre pernambucano”, completou Fernando Ferro.
Segundo o deputado Mauro Benevides (PMDB-CE), Paulo Freire é um dos pensadores mais qualificados da cultura brasileira. “Ele chamou atenção, com a sua pedagogia do oprimido, para o papel do educador na constituição de uma sociedade democrática”, afirmou.
Para Benevides, o legado de Freire revela ao mundo uma capacidade da educação para além das salas de aula. Seu método de alfabetizar, disse, destaca-se dos outros porque surgiu de experiências com os próprios grupos sociais formados pelos educandos.
Ruptura de modelos - A viúva e sucessora legal da obra de Freire, Ana Maria Araújo Freire, destacou durante a homenagem o papel do marido como responsável por um movimento que permitiu a ruptura do modelo social predominante à época. “Paulo dedicou a maior parte de sua vida para que possamos ter hoje um País com menos participantes da sociedade e com mais sujeitos de todo o processo democrático”, afirmou.
Além dos mais de 43 títulos de doutor honoris causa, Freire recebeu inúmeros outros prêmios em razão de sua luta para ampliar o acesso às escolas e ao conhecimento. Entre eles estão o Prêmio Unesco da Educação para a Paz (1986) e o Prêmio Andres Bello, da Organização dos Estados Americanos, como Educador do Continente (1992).
Em maio deste ano, a Câmara aprovou o Projeto de Lei 5418/05, da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que concede o título de patrono da educação brasileira a Freire, que morreu em 1997. A proposta será analisada pelo Senado.
Transformação - Para o deputado Fernando Ferro (PT-PE), que propôs a solenidade, Freire acreditou na educação como um fator de transformação do mundo e de crescimento coletivo. “Ele retirou homens e mulheres que não tinham nenhuma esperança de participar ativamente da dinâmica cívica, por total falta de informação, e os levou a uma situação de protagonismo social”, afirmou.
O deputado lembrou ainda o livro “Pedagogia do Oprimido”, de 1968, no qual Freire aborda o método de alfabetização que o diferenciou dos intelectuais da época por voltar-se ao diálogo com pessoas simples não apenas como forma de instrução, mas sobretudo como um meio de levá-las a exercer a democracia em sua plenitude.
“Quando atualmente vemos os indígenas tendo acesso ao ensino superior, ou os negros ocupando vagas por cotas, ou ainda as populações do interior deste País tendo acesso às universidades federais, é importante olhar para trás e enxergar que a semente foi plantada por este ilustre pernambucano”, completou Fernando Ferro.
Segundo o deputado Mauro Benevides (PMDB-CE), Paulo Freire é um dos pensadores mais qualificados da cultura brasileira. “Ele chamou atenção, com a sua pedagogia do oprimido, para o papel do educador na constituição de uma sociedade democrática”, afirmou.
Para Benevides, o legado de Freire revela ao mundo uma capacidade da educação para além das salas de aula. Seu método de alfabetizar, disse, destaca-se dos outros porque surgiu de experiências com os próprios grupos sociais formados pelos educandos.
Ruptura de modelos - A viúva e sucessora legal da obra de Freire, Ana Maria Araújo Freire, destacou durante a homenagem o papel do marido como responsável por um movimento que permitiu a ruptura do modelo social predominante à época. “Paulo dedicou a maior parte de sua vida para que possamos ter hoje um País com menos participantes da sociedade e com mais sujeitos de todo o processo democrático”, afirmou.
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