Esse tipo de legitimação somada à conivência diante de costumeiras práticas abusivas tornaram a alegação do Auto de Resistência uma ação comum em todas as Corporações do país, pois permite que o policial que cometer um assassinato em serviço não seja preso em flagrante, assim como autoriza que o ato não seja investigado. Na prática, os policiais afirmam que deram voz de prisão, mas as pessoas se recusaram a obedecer, “obrigando” o agente a usar toda a sua força, geralmente para matar. O que acontece, nesse tipo de caso, é que não há investigação, legitimando diversos assassinatos realizados pela polícia. Os exemplos são vários e se espalham por todo o país.
Para combater essa prática, está tramitando na Câmara o Projeto de Lei n. 4471/12, que extingue o Auto de Resistência, obrigando que todas as mortes efetuadas pelas forças policiais no país sejam investigadas e que o agente autor do disparo chame assistência médica para a vítima, em vez de ele mesmo tentar prestar socorro.
O PL 4471/12 está pronto para ir à votação no Plenário da Câmara, porém tem enfrentado resistências de alguns Deputados. É hora, então, de as pessoas que não aceitam a violência arbitrária institucionalizada se manifestarem!
Participe do ato pela aprovação do PL 4471/12: no Anexo II da Câmara dos Deputados, Hall da Taquigrafia.
Veja aqui a tramitação e a íntegra do texto do Projeto de Lei: http://www.camara.gov.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário