quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Dep. Luiza Erundina encerra a II Semana de Anistia de Pernambuco na Unicap


“São 34 anos de impunidade, não estamos comemorando, mas rememorando a luta da sociedade pela anistia ampla, geral e irrestrita”, disse Luiza Erundina, ao discursar para uma plateia de estudantes e militantes, durante o encerramento da II Semana de Anistia, no Recife. O evento aconteceu no Auditório G1 da Unicap, cujo debate trouxe à tona a interpretação da Lei de Anistia. 

De acordo com Fernando Coelho, coordenador Geral da CEMVDHC, “a anistia não foi um presente, um ato de liberalidade do governo.” A mesa teve ainda a participação de Paulo Moraes, membro da Secretaria Executiva de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco – SEJUDH e Marcelo Santa Cruz, vereador em Olinda.

“Só consolidaremos a democracia quando não houver mais nenhum ex-preso político desaparecido. Nossa tarefa é resgatar a memória e estabelecer a justiça” enfatizou ainda Erundina.

Fonte: Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara


A II Semana da Anistia também foi notícia no Boletim informativo da UNICAP

A II Semana da Anistia, sediada pela Universidade Católica de Pernambuco, terminou na manhã desta segunda-feira (02), com palestras de importantes personalidades do cenário político do Brasil. Com a presença da ex-prefeita de São Paulo e deputada federal pelo PSB Luiza Erundina, a mesa contou ainda com depoimentos de Fernando Coelho (CMVDHC/PE) e de Paulo Moraes, que é secretário executivo de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco. Os trabalhos foram coordenados por Marcelo Santa Cruz (CMVJ/PE).

Antes do início da palestra, que tinha o tema voltado para A interpretação da lei da Anistia de 1979, os presentes puderam acompanhar um vídeo sobre a história da anistia no país. A deputada federal eleita pelo estado de São Paulo foi a primeira a dar seu depoimento. Pedindo por justiça, Erundina destacou a importância de uma nova visão acerca da lei em debate.

Além disso, a ex-prefeita questionou a reconciliação como forma de resolução do processo. “Um estuprador, um assassino ou um ladrão não vão se reconciliar com suas vítimas”, disparou Erundina. “Também não dá pra esperar nada do nosso Congresso”, completou. Depois do discurso da deputada, foi a vez do secretário de Direitos Humanos de Pernambuco falar sobre o tema. Ele lembrou brevemente que é preciso buscar uma alternativa à verdade que se julga oficial.

Parabenizando o sucesso da Semana, o coordenador da Comissão Estadual da Memória e Verdade, Fernando Coelho, lembrou do período em que ministrou aula no curso de Direito da Unicap e rememorou momentos difíceis vividos por Dom Helder Camara. A manhã terminou com um rico debate entre os componentes da mesa e os jovens que estavam presentes na plateia, a maioria alunos do curso de Direito na Católica.

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