quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Erundina defende paridade de gênero nas listas de candidaturas

André Abrahão   
Erundina participa da campanha "Mulher, tome partido. Filie-se"
 
“Sem espaço no protagonismo político, outros direitos  femininos ficam escanteados”, avisou a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), ao participar de ato da campanha “Mulher, tome partido. Filie-se”, na Câmara dos Deputados.

O objetivo da campanha é aumentar em 20% o número de mulheres filiadas a partidos políticos até o dia 4 de outubro, prazo final de filiação para quem deseja concorrer a um cargo político nas eleições gerais de 2014. Além disso, luta-se pela inclusão do tema na reforma política, que está sendo debatida na Câmara dos Deputados. “Queremos paridade de gêneros nas listas de candidaturas”, defende Erundina.

Promovida pela Coordenadoria de Direitos da Mulher e pelas Procuradorias da Mulher da Câmara e do Senado, a campanha conta com o apoio da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) e da Secretaria de Políticas da Mulher da Presidência da República.

Os organizadores também esperam ampliar a representação da bancada feminina na Câmara e no Senado no próximo ano.  Para a deputada socialista, existe um quadro de exclusão das mulheres, sobretudo nas esferas do Poder. “Os partidos não investem nas candidaturas femininas, que enfrentam dificuldades para financiar as campanhas”, explicou.

Nas eleições de 2010, apenas 45 mulheres foram eleitas deputadas federais, representando 8,77% das cadeiras da Casa. No Senado, foram eleitas sete mulheres das 54 vagas preenchidas no Senado naquele ano, o que representou 12,99% do total. De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 51,5% da população brasileira são mulheres, ou seja, mais de 97 milhões de brasileiras.

PESQUISA — Pesquisa de opinião pública realizada pelo Ibope e pelo Instituto Patrícia Galvão, em abril deste ano, em todo o País, com 2002 entrevistados com mais de 16 anos de idade, revelou que oito em cada dez brasileiros consideram que deveria ser obrigatória a participação paritária de mulheres e homens nas casas legislativas municipais, estaduais e federais.
Entretanto, de acordo com o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, do IBGE, se o avanço da participação feminina continuar no ritmo atual, a paridade entre os sexos nos espaços municipais demorará ainda 150 anos para ser alcançada.

Elisabeth Dereti com informações da Agência Câmara

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