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| Foto: Gustavo Lima | 
Os  processos de outorga e renovação de outorgas de emissoras de rádio e  televisão em tramitação na Câmara serão digitalizados e, ainda neste  ano, estarão disponíveis para consulta da população. A informação foi  dada, nesta terça-feira (24), pelo diretor do Departamento de Comissões  da Câmara (Decom), Luiz Antônio Eira, durante o seminário “Participação  Popular no Parlamento do Século 21”.
Promovido  pela Comissão de Legislação Participativa,  o evento faz parte das comemorações do aniversário de dez anos do  colegiado. “A digitalização dos processos abrirá um leque de informação  muito grande, possibilitando à população local verificar o cumprimento  de requisitos básicos para o funcionamento das emissoras”, disse Eira.
A  deputada Luiza Erundina (PSB-SP) destacou que, com a digitalização dos  processos, os cidadãos poderão auxiliar na fiscalização das emissoras e  informar quem são os verdadeiros proprietários. Erundina lembrou, por  exemplo, diversas denúncias da existência de proprietários “laranjas”.  “A iniciativa vai conferir transparência ao processo”, disse.
O  Congresso Nacional é responsável por aprovar ou rejeitar os processos  de outorga de emissoras de rádio e TV enviados pelo Poder Executivo.
Áudio e vídeo
Outra novidade, prevista pelo Decom para este ano, será a incorporação de novas informações ao sistema de consulta de tramitação das propostas analisadas pela Câmara. Segundo Eira, poderão ser consultados os discursos parlamentares referentes às propostas em tramitação, além do áudio e do vídeo dos debates sobre as matérias nas comissões temáticas.
Outra novidade, prevista pelo Decom para este ano, será a incorporação de novas informações ao sistema de consulta de tramitação das propostas analisadas pela Câmara. Segundo Eira, poderão ser consultados os discursos parlamentares referentes às propostas em tramitação, além do áudio e do vídeo dos debates sobre as matérias nas comissões temáticas.
Em  um segundo momento, também em 2011, os estudos da consultoria  legislativa da Casa e as notícias referentes a cada proposta serão  disponibilizadas na página de cada proposição. “Queremos tornar a  informação mais acessível para o cidadão”, ressaltou.
Erundina  apoiou a proposta. Primeira parlamentar a presidir a CLP, ela lembrou  que, nos últimos 10 anos, a comissão já aprovou 30 projetos de  iniciativa popular, que estão em condições de serem votados pelo  Plenário. Além disso, a Câmara já aprovou uma lei de iniciativa popular  que informatizou o sistema judicial brasileiro. Segundo a deputada, a  democracia representativa é insuficiente para consolidar um sistema  realmente democrático no País.
Participação direta
O coordenador do portal e-Democracia, Cristiano Ferri, explicou que todos os cidadãos já podem, por meio do portal, participar de discussões sobre propostas em análise na Câmara. Segundo ele, atualmente estão disponíveis comunidades para a discussão de temas como o combate ao trabalho escravo, a obrigatoriedade do diploma de jornalista e a regulamentação das lan houses.
O coordenador do portal e-Democracia, Cristiano Ferri, explicou que todos os cidadãos já podem, por meio do portal, participar de discussões sobre propostas em análise na Câmara. Segundo ele, atualmente estão disponíveis comunidades para a discussão de temas como o combate ao trabalho escravo, a obrigatoriedade do diploma de jornalista e a regulamentação das lan houses.
Ferri  lembrou que os deputados e os consultores legislativos participam dos  bate-papos promovidos pelo e-Democracia. Ele mencionou que, no caso da  discussão do Estatuto da Juventude, o texto aprovado pela comissão especial  sobre o assunto efetivamente incorporou sugestões de cidadãos dadas por meio do portal.
O  consultor legislativo José de Sousa Paz Filho, por sua vez, destacou o  potencial da internet para promover mecanismos de consolidação da  democracia, por meio de ferramentas de governo eletrônico e de  participação da população em discussões relevantes. De acordo com ele, o  grande desafio do Brasil para a inclusão digital é superar o abismo  entre as classes sociais e as desigualdades regionais de acesso às novas  tecnologias.
Segundo  Paz Filho, um dos grandes obstáculos do Plano Nacional de Banda Larga  (programa do governo federal para levar a internet a 35 milhões de  domicílios até 2014) são: a elevada carga incidente sobre os serviços de  telecomunicações; a carência de recursos públicos; e a pouca cooperação  entre Poder Público e iniciativa privada na promoção da inclusão  digital.
Para  o consultor, algumas soluções seriam as parcerias públicos-privadas; a  redução seletiva de tributos, com uma “tarifa social” para as classes  baixas; e o uso dos recursos dos fundos setoriais, como o Fundo de  Universalização das Telecomunicações, para ampliar o acesso à banda  larga. “Hoje grande parte desses recursos são contingenciados, e é preciso alterar essa lógica para que os fundos sejam efetivamente utilizados para os seus fins originais”, concluiu.
 
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