A cidade de Medellín (Colômbia), antes conhecida pelo narcotráfico, Pablo Escobar e seu sistema de “apadrinhamento” da população abandonada pelo poder público e que vivia nas favelas, sediou o Fórum Urbano Mundial – de 4 a 11 de abril p. p. (http://bit.ly/RQL87p ).
Hoje, as enormes inovações de gestão local, a tornou uma referência
mundial. A presença do Estado, não de um Estado policial que vai à caça de
contraventores, mas de um Estado empenhado em erigir uma convivência harmoniosa
entre os cidadãos, tornou Medellín uma “cidade para viver”. A participação da
comunidade foi decisiva neste processo.
Cinco áreas prioritárias foram identificadas pelos participantes do
Fórum e também pela equipe de governo que estava à frente da Prefeitura de São Paulo
(1989–92, Luiza Erundina): planejar as ações, melhor as condições de habitação
(com prioridade para a habitação popular), capacidade de lidar com situações
adversas, garantir um espaço público seguro e, fundamentalmente, investir em transporte
urbano.
Esta última prioridade teve (e tem) especial atenção:
1) com a proposta de Tarifa Zero, atualmente retomada pelas
manifestações de junho de 2013; e
2) com a proposta de inclusão do transporte como um direito social através da PEC 90, já aprovada na
Câmara e em tramitação do Senado. Acesse a íntegra da PEC clicando aqui.
Em um mundo globalizado e sob o comando das grandes corporações, as
cidades são os espaços onde se debate a vida do dia-a-dia, daí sua enorme importância.
O economista Josephe Stiglitz, conferencista no Fórum de Medellín,
afirmou:
“Em todo o mundo, as
cidades são o ponto de convergência dos principais debates da sociedade – por
boas razoes”.
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