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Embora o Brasil tenha melhorado muito o índice de óbitos maternos – de 141 para 68 óbitos por 100 mil crianças nascidas vivas – no período de 20 anos (1990 a 2010), ainda se encontra ABAIXO do valor estabelecido pelos objetivos do milênio (ODM) de 35 óbitos por 100 mil nascidos vivos.
Embora o Brasil tenha melhorado muito o índice de óbitos maternos – de 141 para 68 óbitos por 100 mil crianças nascidas vivas – no período de 20 anos (1990 a 2010), ainda se encontra ABAIXO do valor estabelecido pelos objetivos do milênio (ODM) de 35 óbitos por 100 mil nascidos vivos.
Há
especificidades na condição feminina que implicam a atenção preventiva por
parte das políticas públicas: reprodução e doenças inerentes a esta condição,
como o câncer de colo de útero e o de mama, além da vulnerabilidade das
mulheres à toda sorte de violência, tanto doméstica como sexual.
Como consequência, temos necessidade de maiores
investimentos por parte do Estado o que não se restringe à ampliação do
atendimento, mas à melhoria significativa da infraestrutura tecnológica voltada
aos mesmos.
O exercício da sexualidade plena pela mulher está longe
de ser exclusivamente de âmbito privado, mas é uma questão de saúde pública e
de garantia de direitos. A reprodução é inerente à mulher e, assim, o acesso a
métodos contraconceptivos, particularmente os anticoncepcionais, é um indicador
importante da garantia do Estado aos direitos femininos.
Com base nos dados recentemente divulgados pela
Secretaria das Mulheres da Presidência da República, no relatório RASEAM *, aponta para fatores como cor/raça, além de grau de
escolaridade e maior renda, influenciam a frequência às consultas médicas
periódicas e são as mulheres brancas aquelas têm maior assiduidade aos exames
periódicos.
Para as mulheres negras, pioraram alguns indicadores de
mortalidade ao longo dos últimos 20 anos, em decorrência de um acesso desigual
aos serviços de saúde. As mortes por abortos mal realizados (4% dos óbitos)
poderiam ter sido evitadas se, por suas proporções e pelo DIREITO inerente à
mulher em dispor de seu próprio corpo e administrar sua saúde, tivéssemos casos
de abortos tratados como um problema de saúde pública: em mais de 66% dos
óbitos maternos decorreu de causas relacionadas à gravidez, em grande medida
evitáveis.
Por tudo que dissemos o DIA DE COMBATE À MORTALIDADE
MATERNA ganha a conotação de mais um desafio para que a história da mulher no
processo civilizatório, seja escrita por ela mesma!
Texto: Assessoria
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